Meu pais tiveram um
total de 7 filhas, porém 4 faleceram ainda bebês, na década de 1950 e 1960,
numa época de poucos recursos, em todos os sentidos, seja no âmbito da
medicina e da saúde pública ou da própria condição dos meus pais.
Enfim, só “vingaram” 3
filhas, que chegaram a fase adulta.
A filha nº 1, a nº 3 e
a nº 7, que sou eu.
Por isto era
considerada a “raspa do tacho” e a diferença de idade entre eu e minhas irmãs
era muito grande, de 19 e 16 anos, respectivamente.
Logo vieram meus
sobrinhos e fui tia pela 1ª vez quando estava com 9 meses de idade, depois aos 7 anos e
aos 10 anos, ou seja, a diferença de idade entre eu e meus sobrinhos era menor
que a diferença de idade entre eu e minhas irmãs.
Sendo uma família de 3
filhas isto até que é considerado uma família grande pros padrões de hoje em
dia.
Mas eis que a vida, o
destino e Deus tem suas razões e resolveu levar minha irmã mais velha quando
ela contava com 48 anos, nesta época eu estava com 29 anos.
Passado algum tempo e
lá se foi minha irmã do meio, aquela por quem eu tinha um carinho mais do que
especial, um amor de filha para mãe, já que foi praticamente ela quem me criou
até os meus 6 anos, minha mãe trabalhava e mesmo depois de sair do serviço, era
por minha irmã que eu nutria mais carinho. Isto só foi amenizado quando ela se
casou e ai fiquei sob os cuidados exclusivos da minha mãe.
Então aos 36 anos eu
já não tinha mais irmãs. De uma prole de 7, eu passei a ser filha única. Muito
estranho.
Com meus sobrinhos,
que tem idade pra serem meus irmãos, por contingências da vida, apesar de nos
falarmos regularmente, não somos unidos, é cada um por si e não um pelo outro,
infelizmente, ou sem querer me lamentar, é assim que caminharam as nossas
vidas.
Só pra constar, meus
pais também já não estão neste plano terreno.
Mas devo ser uma pessoa
merecedora de crédito, pois antes que todos eles me fossem tirados, uma família
linda foi preparada pra mim. Tenho um marido companheiro, um casal de filhos
maravilhosos e me mudei pra uma cidade onde meu marido tem tios e primos,
irmão, cunhada e sobrinhos e com eles temos aquela relação de família reunida
nas datas festivas, que quebram meu galho quando preciso, com certeza isto não
aconteceu por acaso, foi bem planejado para que a solidão não me engolisse e
acabasse comigo.
Então, família grande
ou pequena...isto não tem a menor importância, pois não sabemos o que o destino
nos reserva.
O melhor mesmo é que
ela seja unida e amorosa, não importa o tamanho.
E o que você acha?
Família grande ou família pequena?
Beijos!!
4 comentários:
A trajetória da sua família e fatos me deixaram emocionada querida Neli.
Acredito que Deus tem nossa história trassada antes de vir nessa vida que estamos, nada é por acaso mesmo. Linda sua história!
E como você mesma citou, família grande ou pequena, não importa, o que realmente importa são quem nos cerca .
Beijão e um lindo final de semana a você e sua família!
Nossa Nely querida, que triste... Mas que bom você ter uma família unida e amorosa, mesmo sendo "quebra-galho". Eu tenho apenas uma filha, a maioria diz que é pouco e dão vários motivos pra assegurar isso, mas vejo a família de minha avó, que teve 10 filhos, não são tão unidos e ela está quase sempre sozinha... então, como você falou, não adianta ser numerosa, não sabemos o que nos espera né! Beijoca e linda semana pra vc!
Olá Nely,
não importa o numero de pessoas que nos rodeiam, o que Deus coloca é essencial para sermos o que somos com a graça dEle. Aproveitei e já estou te seguindo.
Deus lhe abençoe.
Beijos
Tânia Camargo
nossa Neli
achei triste sua historia..
assim fiquei sabendo mais um pouco
dessa amiga virtual e que se tornou
uma querida na real...
Sou de uma familia grande para os dias de hoje
somos em 5 irmão todos vivos e espertos..rsss
que adoram viajar...ja notou ne?? por quem puxei??
ainda tenho meu pai com 90 anos e minha mãe 88..
qdo nos reunimos é só festa!!
bjs amada
Edna
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